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5/27/2008

Que a briga pelo mercado de luxo comece !!


Com o segundo andar inteiro ainda vazio, será inaugurado na segunda quinzena deste mês o shopping Cidade Jardim, um dos mais luxuosos centros de compras da cidade de São Paulo, com 120 lojas, na Marginal Pinheiros. Essa área ficará propositalmente reservada para uma segunda fase, considerada de expansão, com mais 60 lojas para as quais, segundo Sharon Beting, diretora do Cidade Jardim, já existe " uma lista de espera de 100 marcas". A fase de expansão está prevista para 2009 e até lá o segundo andar abrigará exposições de arte.

Segundo Beting, esta primeira fase foi 100% locada diretamente pela incorporadora JHSF, sem intermediação de corretoras. As bases de negociação, afirma a diretora, foram iguais para todos, com pagamento de ponto mais locação. O shopping tem 36,3 mil m de área bruta locável (ABL), incluindo o piso da expansão.

A administração do shopping também será feita pela JHSF, que possui somente uma experiência anterior nesse ramo: a administração do shopping Metrô Santa Cruz, de perfil mais popular, integrado à estação Santa Cruz do metrô paulistano. A empresa planeja para o próximo ano a inauguração de mais um projeto com o mesmo conceito: o shopping Metrô Tucuruvi.

O diferencial do shopping será o mix com a concentração de marcas consideradas de luxo. Algumas grifes estão pela primeira vez aportando no mercado brasileiro, com lojas exclusivas como a Hermès (gravatas e bolsas), a Rolex (jóias e relógios), a Sony Style (eletrônicos), a Longchamp (acessórios e calçados), a Furla (acessórios e calçados). Outras pela primeira vez migram para o mercado paulistano, como a Gant (moda feminina e masculina), a Mil Frutas (alimentação) e a Leeloo (moda feminina).

Muitas das lojas estão pela primeira vez abrindo portas dentro de um shopping, como é o caso da Daslu (moda feminina e masculina), livraria da Vila e Cris Barros (moda feminina). Cerca de 30% das grifes desta primeira fase são estrangeiras e 70% nacionais.

As maiores áreas serão ocupadas pela academia Reebok Sports Club (4,5 mil m) e pelo Spa Cidade Jardim (cerca de 3,5 mil m). A Daslu ficará no térreo com uma área de aproximadamente 2 mil m. As sete salas de cinema Cinemark ocuparão o terceiro piso onde também foi construído um dos três jardins que serão o foco principal na decoração do novo shopping.

"O jardim é a vedete da história", declara Beting, e é caracterizado por árvores altas, em estilo tropical. No início das obras, foi feito um acordo com a prefeitura em que as árvores originais do terreno foram removidas e transplantadas em um local provisório e no término das obras foram replantadas nesse jardim interno.

"É o primeiro shopping da cidade a céu aberto, com todas as lojas voltadas para o jardim. Serão dois vãos livres de 300 m cada um com dois grandes jardins no centro", explica a diretora. "É como se o consumidor estivesse na rua mas com a comodidade e a segurança de um shopping", acrescenta.

Outra particularidade do Cidade Jardim é que ele não terá praça de alimentação. "As pesquisas mostraram que as pessoas acham que com a praça de alimentação o ambiente fica muito barulhento, sujo e confuso", diz Beting. O shopping terá apenas nove pontos de alimentação - restaurantes e cafeterias - distribuídos pelos corredores.

As obras do shopping, executadas pela Hochtief, duraram dois anos. A JHSF investiu R$ 1,5 bilhão no empreendimento que inclui além do shopping nove torres residenciais e três torres de escritórios de alto padrão no terreno de 72 mil m. Em junho deverão ser entregues os quatro primeiros edifícios residenciais com apartamentos de 236 ma 1,7 mil m e preços de R$ 1,8 milhão a R$ 10 milhões.

Até o final de março as vendas das unidades residenciais somaram R$ 690,4 milhões, o que corresponde a 77% do VGV (Valor Geral de Vendas) calculado.

"O mercado comprou esse projeto", declara Marcelo Carvalho, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O que contribuiu para o bom desempenho das vendas do Cidade Jardim, na sua opinião, foi a localização estratégica, o nome da incorporadora JHSF - que já tem uma história de sucesso - e o momento econômico do País que está favorável também aos investimentos imobiliários.

Fonte: MCF Consulting e Portal Terra

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